28.7.09
mais uma relação de dois
Minuto de um cigarro.
Um alento à sobrevivência.
Deitado,
sobre azulejos azuis da cozinha
trago momentos e assopro razões.
A cabeça embaralhada
escuta a chuva, que molhada cai.
O olhar é seco,
lacrimejante de rotina.
Barulho de salto.
Alta de um provável doze anos,
ela vara o corredor,
arrastando um xale ressacado.
Emito um grunido,
(uma espécie de `` oi, tudo bem?``)
silêncio.
Brincos e colares descansam na escrivaninha.
Descalça,
adentra a cozinha de azulejos azuis.
Reclama muda de alguma coisa,
(sou eu que finjo não escutar)
enquanto absorve um copo d`água.
Ainda deitado, ela em pé.
Sua altivez é cega.
Vejo sua calcinha cor da pele,
ela desencrava a mesma do cu.
Emito um novo grunido,
(uma espécie de ... )
homens da caverna.
Agora é olho com olho,
(olhares secos)
o estorvo é recíproco.
Sob a angústia do não sentir,
fecho. Meus olhos.
Abismo.
Isqueiro,
minuto de um cigarro.
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