23.8.09

humana demasiada humana


Brinde a gargalhadas
um sorriso de menina
emerge de bolhas.
Um provável espumante
dança desesperado entre mãos involuntárias,
fruto langoroso da altivez etílica
de uma menina que beija com os olhos.
Ela avança solista,
protagonista de seu momento
distribui tapas
na culpa, no senso.
Não senso, no sense.
Borboletas tatuam seu corpo
que esguio desliza
em danças sinceras.
O chão perde o chão.
Eu, o não.
Aconchego-me em seu cheiro
de cores verdes,
perco-me no tato.
Sou ela
carinhosamente arrancando minha máscara.
Descalça, alcança com a boca
o canto da minha
narizes se tocam,
os olhos desfocam.
- Tchau.
Ela diz e...
some.