10.3.11

bloquinhos.


Risos segredam a palhaços

a alma sugada por um aspirador-de-pó diante as mais diversas fantasias inertes, um sorriso. Plásticos em bolhas de self, foliões caminham afoitos como um formigueiro desesperado sob o pé de uma criança. Eles picam, mordem, beijam na arredia vontade de satisfazer a prepotente vaidade da beleza que não têm. E morrem... . Morrem no olhar, na alegria de não se enxergar, na oportunidade de queimar as asas azul-bebê e lançarem seu grito-queda-livre para os quatro cantos do abismo. Então vá minha criança... pise em formiguinhas, aquelas mesmo de óculos ray-ban e figurinos enrijecidos pelo nosso grande ditador: A Moda.
Assim talvez, pelos pés de uma nobre criança, o sentimento mais digno do carnaval possa abrir sua gaiola e gritar sua fúria dionisíaca. Libertem a Liberdade ! Ser conceito é muito pouco para a mesma, um sentimento engaiolado não provoca orgasmos anímicos, apenas ingere fast-food de carnaval, logicamente a promoção, que vem com batatinhas, o concorrido refrigerante e bastante ketchup.
Então ela vai, minha criança arredia, pisando serelepe em cada um de nós arranca o sangue que precisa sangrar para a imortal liberdade seguir sua peleja de sentir.

Quem sabe assim veremos...
tanto riso,
tanta alegria e
mais de mil palhaços no salão.

Um comentário:

Lila disse...

vc foi num carnaval plastificado, estava na Zona Sul do Rio? já vi assim e já vi tb muita cor e satisfação de estar apenas festejando na rua com desconhecidos. o meu foi bem lindo!e só faz sentido assim, sorrindo...