Aquele moço
que habita todo espelho que olho,
anda me irritando.
Seus movimentos óbvios e marcados
encenam o café de minha ressacada manhã.
Fugidio com seus olhos de vidro,
critica o chão que me desprende,
a minha preguiça em sobreviver.
Apolíneo, fraco, reto
consome minha minha alma,
ela grita em forma de soco.
Com a fronte retalhada, ele ri
( um plano de Tarkovsky)
em vários sorrisos.
Meu sangue escorre ignorância,
enquanto meu passado suga meu momento.
Sou isso e aquele
moço do espelho
retalhado e com a mão enfaixada,
descanso a cabeça em chamas
no colo de uma guilhotina.
Suplico por um carrasco!
Um comentário:
reflexo de autoausencia? intolerância às repetições da vida? ou apenas preguiça?
minunu, ler isto me fez chorar!
os músculos de minha face até ficaram mais rígidos...rs
mas como diria naçao:
é melhor viver, do que sobreviver...
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