1.6.09

bixin


Fina, esguia, caminha.
Sorriso de amarelo inconformismo.
A fragilidade vem em olhos fitos,
numa inocência ambiciosa.
Menina-moça-mulher
respeita o medo de sentir,
a ardência da paixão.
Ela senta, olha, entende
a ideia de perder,
a vontade de ver
o lugar vazio, seu precioso amigo.
Parado, tento suas imperfeições perfeitas
abraço o beijo que não vem.
Seu corpo flor venta,
sacode o pólen a semear meu peito inerte.
Com o tato lacrimejante de uma alma ácida,
e uma rebelião infantil de volúpia nascente
dança descalça e sem chão.
Mão a espera da minha,
não a espera do sim.
Caminha, fina, esguia
sobre meu corpo, sob a Lua
cheia e nua.